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Volto ao Camilo 3t3923


Publicado em 18 de fevereiro de 2025 Por Jornal Do Dia Se 1h1d41


Os anos am(Arquivo)

Rian Santos
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Vou ao Camilo, com a minha filha a tiracolo.
Lá me dou conta de estar no único lugar de Aracaju imune aos sintomas deletérios de um dito progresso. Os anos am, amigos se vão com a voz embargada pela última saideira. Mas o Bar e Restaurante à beira do mangue é ainda o mesmo.
Morro de saudade do calçadão estreito da 13 de julho, antes dos tratores arrancarem as pedras portuguesas, soterrando o lirismo das ondas que investiam contra o eio, a mando do prefeito João Alves Filho. A modernidade foi aprovada pela população, adotada como cartão postal. A conveniência da obra é, para mim, contudo, uma afronta à memória dos meus os, um obstáculo contra a paisagem.
Cá, neste Jornal do Dia, eu não perco a oportunidade de sublinhar o descomo flagrante entre a sensibilidade nativa e a inspiração que transborda dos gabinetes.
Assim, lembro sempre que João Alves Filho, ele de novo!, se negou a batizar a ponte entre Aracaju e Barra dos Coqueiros com o nome de Zé Peixe. Lembro também que Edvaldo Nogueira arrancou o toco de árvore plantado em homenagem ao seresteiro Antonio Teles, sem qualquer necessidade. E não enterrou nenhum pé de planta em seu lugar.
O governador Fabio Mitidieri, com meio mandato pela frente, tem a chance de fazer diferente. Sim, ele teve a esperteza de adotar um refrão de Rogério na publicidade dos festejos juninos, ite-se. Mas também investe contra as margens da cidade. O impacto do Complexo Viário Maria do Carmo Alves no que ainda resta de mangue precisa ser considerado.
Volto ao Camilo. Encontro Marcos Cardoso, Elton Coelho, Lelê Teles, Ofelinha, Adiberto de Souza, Heitor Mendonca e o Maestro Muskito… Tudo ali evoca os meus primeiros porres. Menos a minha calvície e a ausência de Cleomar Brandi.
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