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Vamos bater lata 2r6c2c


Publicado em 03 de abril de 2025 Por Jornal Do Dia Se 4c3d64


Nada contra as vilas cenográficas do governo, mas…(Divulgação/Secom)

Rian Santos
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Segundo uma boa definição para a loucura, a supressão da razão se faz notável num comportamento insistente, com fim específico, dissociado de qualquer relação entre causa e efeito. É louco, por exemplo, quem dobra sempre a mesma esquina, um dia após o outro, mas não se conforma nunca com a paisagem que se lhe abre à vista.
No que diz respeito à promoção do turismo em Sergipe, o governador Fabio Mitidieri se comporta como um louco, alguém sem um pingo de juízo.  Os recursos destinados à promoção do Destino Sergipe chegam aqui em cifras mais e mais graúdas, de fontes diversas. Mas são empregados, uma vez e outra, nas mesmas festas manjadas de sempre.
Nada contra as vilas e corredores apertados onde o governo de Sergipe vem confinando a Cultura Serigy, um mandato depois do outro. Mas convém reconhecer os fatos. Em verdade, as gambiarras penduradas de uma ponta a outra dos cartões postais sergipanos podem até encher a vista de eventuais visitantes, como enchem, iti-se. Mas turistas querem mais do que cenários de teatro mambembe e lâmpadas acesas contra um céu sem estrelas. Simples assim.
O que aqui se afirma está amparado em dados oficiais. Às vésperas do Carnaval, a busca por destinos turísticos cresce em razão exponencial: 35%, segundo o levantamento mais recente do Google Brasil e da CVC, maior empresa do setor no País. É então que o turismo Serigy se mostra em toda a sua grandeza: tímido, frouxo, roto, lasso.
Em termos práticos, neste particular, Sergipe não existe. Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Salvador concentram o interesse pela folia. Aqui mesmo, no litoral nordestino, Porto de Galinhas (PE) e Porto Seguro (BA) transbordam de turistas ávidos por sol. Enquanto os gringos torram os seus dólares em outras praias, o Verão Sergipe fracassa escandalosamente.
Ano após ano, o governo do Estado derrama um rio de dinheiro a fim de viabilizar a realização do Pré Caju. Ninguém sabe exatamente quanto é empregado. Toma-se por certo, à revelia de qualquer dado concreto, que o gasto gera dividendos econômicos, além de promover a aldeia como um destino digno do interesse de visitantes. Mas o Carnaval chega, fatalmente sucedido pela quarta-feira de cinzas, vai embora… E Sergipe permanece fora do mapa do turismo brazuca.
Mitidieri, todo mundo sabe, é doido por um bate lata. Isso é problema dele. Problema, para Sergipe, é que as festas do homem abadá são as mais manjadas, não despertam a curiosidade de ninguém.
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