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Num salto 146s2x


Publicado em 08 de maio de 2025 Por Jornal Do Dia Se 1f4q2o


A gente era feliz e não sabia (Divulgação)

Rian Santos
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Sou um homem velho. Já ou muito janeiro desde quando eu pulei a catraca do busão – de casa para a escola, da escola pra casa -, uma última vez.
Faz muito tempo. Ninguém ousaria, então, acusar meninos imberbes, metidos em calças curtas, de quebrar empresas num salto. Hoje, segundo se diz por aí, ar por baixo da borboleta prejudica o sustento de trabalhadores pobres, tem o potencial de arrasar o lucro do patrão.
Estou velho e exausto. Leio sobre a licitação do transporte coletivo de ageiros em Aracaju, os abusos cometidos contra os trabalhadores rodoviários, o custo da gratuidade para os usuários idosos e tenho o humor soterrado por uma caçamba de enfado.
Os empresários do transporte coletivo de ageiros querem tudo, isenções, incentivos, até o último centavo. Mas não poupam nem mesmo o pulo lírico dos pivetes – um impulso das pernas finas, um impulso orientado pelo direito sagrado de ir e vir.
Felizmente, a Justiça de Sergipe determinou a suspensão da Portaria nº 065/2023 da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju, que autorizava a instalação de catracas duplas sobrepostas, horrendas, nos ônibus do transporte coletivo da capital e região metropolitana.
A decisão – proferida nesta quarta-feira (6), pelo juiz Marcos de Oliveira Pinto, da 12ª Vara Cível de Aracaju – responde a uma Ação Civil Pública (A) movida pelo Ministério Público de Sergipe (MP/SE), fiada em normas de ibilidade e segurança.
A gente era feliz e não sabia. Nós, os meninos que saltavam sobre a catraca do busão.
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