Firme e forte, em plena tempestade
Macalé apresenta 'Besta fera' em live 5qn5n
Publicado em 19 de junho de 2020 Por Jornal Do Dia 3h1q3u
Besta é quem perde. Hoje, JardsMacalé re aliza live com o repertório do show Besta fera. A apresentação é promovida pelo Sesc, com transmissão nos canais mantidos pela instituição nas redes sociais, além do perfil oficial do artista nas redes sociais.
Besta fera impressiona desde os primeiros acordes colocados a disposição dos curiosos. O primeiro single do disco, ‘Trevas’ caiu na rede vinte anos depois de seu último trabalho de inéditas, ano ado, indicando com precisão os rumos que o artista seguiu no álbum. Uma pedrada.
Canção construída a partir de um poema de Ezra Pound, ‘Canto I’, em tradução de Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos, a música revela o Brasil que o músico e compositor vê diante de si.
"Chegamos ao limite da água mais funda", canta Jards em um dos versos repetidos ao longo da construção sonora marcada pelos violões de Jards e Kiko Dinucci, além do baixo de Pedro Dantas, bateria de Thomas Harres e guitarra de Guilherme Held. A sensação é de sufocamento, compartilhada por muitos no contexto dos últimos anos.
"Trevas é sobre o Brasil do futuro. Chegamos ao poço mais fundo, chegamos ao limite, chegamos ao Brasil de 2019", comentou Jards ao, explicar a escolha da canção para abrir os trabalhos de seu novo álbum.
Besta fera – trata-se do primeiro trabalho a reunir composições inéditas do professor desde 1998, quando o artista lançou ‘O Q Eu Faço É Música’. O projeto aproximou Jards de novos parceiros, a exemplo de Ava Rocha, Clima, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci, Rômulo Fróes, Thomas Harres, sem esquecer o parceiro de longa data Capinam.
O projeto foi selecionado pelo Natura Musical por meio de edital, com o apoio da Lei Rouanet. "O patrocínio do programa a este novo trabalho do Jards reverencia todo o legado que o artista ajudou a construir para música brasileira e aposta no que a ousadia dele é capaz de impulsionar. Jards tem o dom de instigar, provocar e inquietar. E essa injeção de vida é mais do que necessária para este momento e para o futuro da música", diz Fernanda Paiva, gerente de Marketing Institucional da Natura.