Com a mulher e grande caravana, Mitidieri inicia nova viagem internacional h2c25

O governador Fábio Mitidieri (PSD) iniciou ontem uma nova viagem internacional. Desta vez comanda uma animada caravana aos Estados Unidos, onde será realizada a Offshore Technology Conference (OTC) 2025, em Houston, Texas.

Entre os integrantes da comitiva encontra-se o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jeferson Andrade (PSD), o que possibilitou com que a presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Iolanda Guimarães, se transformasse em governadora interina, já que o vice-governador Zezinho Sobral participa de um congresso na Espanha.

No mês ado, Fábio Mitidieri já havia ado alguns dias nos EUA, em viagem particular, para participar da formatura de uma filha. Ele é o governador que mais viaja ao exterior, seja por interesses pessoais ou compromissos oficiais.

Logo depois que assumiu, em 2023, Mitidieri comandou uma grande caravana para conhecer a renda irlandesa, na Irlanda. A renda é muito popular no estado, produzida por comunidades de mulheres de Divina Pastora e outros municípios, e vendidas em todos os comércios de artesanato de Aracaju.

No final de novembro de 2024, o governador enfrentou dias turbulentos ao ser flagrado por câmeras de tv ao participar da final da Copa Libertadores da América, em Buenos Aires, enquanto estava em licença para tratamento de saúde por conta de uma pneumonia.

A comitiva do governador Fábio Mitidieri para Houston, no Texas, é composta por Luiz Hamilton Santana, diretor-presidente da Agrese; Cleon Nascimento, secretário de Comunicação; Valmor Barbosa, secretário de Desenvolvimento Econômico, e da Ciência e Tecnologia (Sedetec); Marcelo Menezes, secretário executivo da Sedetec; Ronaldo Guimarães, presidente da Codise; e Jeferson Andrade, presidente da Assembleia. Também integram a caravana, a primeira-dama Érica Mitidieri e Rodrigo Moreto, CEO da Carmo Energy.

Mitidieri comanda hoje um estado com as finanças em dia, perspectivas de grandes investimentos devido a forte parceria com o governo do Presidente Lula, e mais de R$ 2 bilhões em caixa, devido a concessão parcial da Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso, que ou a ser istrada desde a quinta-feira (1º) pela empesa Iguá. Mesmo assim continua sendo um dos estados em que a população enfrenta mais dificuldades.

Duas pesquisas divulgadas ano ado mostraram que no estado de Sergipe índices de pobreza e miséria continuam entre os mais elevados do país. Em consequência, a insegurança alimentar atinge cerca de 50% da população sergipana, mais de 1,2 milhão de pessoas, segundo revela pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dias antes, o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) havia divulgado o levantamento Pobreza e Miséria nos Estados Brasileiros em que Sergipe, mais uma vez, apresenta índices extremamente negativos, mesmo com um pequeno avanço registrado em 2023 em relação ao ano anterior. Segundo essa pesquisa, a taxa de pobreza em Sergipe saiu de 45,7% da população em 2022 para 44,1%, o que representa uma variação de -1,6 pontos percentuais (P.P). Nos dois anos, a renda mensal ficava em R$ 664,02.

A taxa de extrema pobreza também apresentou uma pequena queda, de 9,4% da população em 2022 para 8,1% da população no ano seguinte, queda de -1,3 P.P. O valor da renda mensal média nos dois anos nessa faixa era de R$ 208,42.

Em 2023, com base no rendimento médio mensal real domiciliar, Sergipe registrou um pequeno avanço e o índice de Gini foi de 0,507 – no ano anterior era 0,528. Na mesma comparação, o Brasil se manteve estável, com 0,518. O rendimento médio mensal por família em Sergipe era de R$ 1.863, enquanto a média nacional era de R$ 2.533.

O Índice de Gini é um indicador que mede o grau de concentração de renda em determinado grupo, auxiliando a mensurar a desigualdade. Quanto mais perto de 1 o índice estiver, maior a concentração de renda e, consequentemente, maior a desigualdade.

Em relação à pesquisa do IBGE, o número de pessoas com insegurança alimentar e nutricional grave no Brasil recuou de 33,1 milhões em 2022 para 8,7 milhões em 2023, ando de 15,5% da população para 4,1%, uma queda de 11,4 pontos percentuais. Em Sergipe os números continuam elevados, e tinha cerca de 50,6% dos habitantes em situação de insegurança alimentar – mais de 1,2 milhão de pessoas.

A pesquisa divide o índice de insegurança alimentar em três níveis: leve, moderado e grave. Os dados apontam que 766 mil pessoas que residem em Sergipe estão no nível ‘leve’, o que corresponde a 32,1% da população. No nível ‘moderado’ se enquadram aproximadamente 314 mil pessoas, enquanto na classificação ‘grave’ são cerca 126 mil pessoas, o que corresponde a 5,3% da população do estado. Novos números sobre a miséria em Sergipe devem ser divulgados no primeiro semestre de 2025.

Essas pesquisas mostram que o governador deveria pensar em reduzir as suas viagens internacionais para ter tempo de cuidar das pessoas mais carentes.

Enquanto o Brasil gerou 654 mil postos de trabalho com carteira assinada no primeiro trimestre de 2025, fruto de 7,13 milhões de issões e 6,48 milhões de desligamentos no período entre janeiro e março de 2025, de acordo com dados do Caged do Ministério do Trabalho, o estado de Sergipe registrou a issão de 38.249 postos de trabalho com carteira assinada e 39.467 demissões, registrando um saldo negativo de 1.218 empregos com carteira.

No mês de março foram itidos 11.340 trabalhadores, e demitidos 12.948, um saldo negativo de 1.608. Nos últimos 12 meses, no entanto, o saldo anda é positivo. No período, foram gerados 141.556 postos de trabalho enquanto 128.072 pessoas foram demitidas, saldo 13.484.

Só que em 2025 a perspectiva não é boa.

A Iguá Sergipe assumiu, quinta-feira (1º), a responsabilidade pela distribuição de água e pela coleta e tratamento de esgoto em 74 dos 75 municípios de Sergipe. A operação plena teve início após o período de transição iniciado com a do contrato, em dezembro de 2024, e marca um novo ciclo para o saneamento básico no estado. Com a do Termo de Transferência, a companhia efetuou o pagamento da segunda das três parcelas da outorga fixa – no valor de R$ 900 milhões

Com duração de 35 anos, o contrato estabelece metas de universalização e prevê R$ 6,3 bilhões em investimentos. Nos primeiros anos, a empresa se concentrará em ações estruturantes e obras prioritárias, com base no plano de metas e no plano diretor que será elaborado em até 18 meses.

As faturas com a marca Iguá começarão a ser emitidas a partir do mês de junho. Clientes com débitos antigos junto à Deso não terão seus valores automaticamente transferidos para a Iguá – é necessário procurar os canais de atendimento da nova concessionária para verificar opções de parcelamento. Clientes que desejam manter o pagamento em débito automático também precisarão realizar novo cadastro junto ao banco de sua preferência, seja pelos canais digitais ou nas agências físicas, pois a autorização anterior não será transferida da Deso para a Iguá.

Em pronunciamento às vésperas do Dia do Trabalho, na quarta-feira (30), o presidente Lula comemorou os avanços econômicos de seu governo e convocou a sociedade brasileira a discutir uma mudança histórica na rotina laboral: o fim da jornada 6×1, que mantém trabalhadores com apenas um dia de descanso semanal.

“Em apenas 2 anos e 4 meses de governo, já geramos 3,8 milhões de postos de trabalho com carteira assinada. Saímos do maior para o menor desemprego da história e atingimos o recorde histórico de pessoas empregadas”, celebrou o presidente. Ele destacou que considera o resultado um dos mais expressivos de sua gestão.

Sobre a jornada de trabalho, Lula foi enfático: “Está na hora do Brasil dar esse o, ouvindo todos os setores da sociedade para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”. A declaração confirma o entendimento do governo de que é preciso modernizar as relações trabalhistas e aproximá-las de padrões internacionais.

O crescimento da economia brasileira também recebeu destaque no pronunciamento. “A economia do Brasil voltou a crescer acima de 3% por 2 anos consecutivos, superando todas as expectativas”, disse Lula, relacionando o resultado à melhoria nas condições de vida dos trabalhadores, com “o salário mínimo voltando a subir acima da inflação e 90% das categorias profissionais tendo ganho real de salário”.

O governo Lula segue colocando o país no caminho do desenvolvimento inclusivo: dados do Banco Mundial revelam que a pobreza caiu pelo terceiro ano consecutivo no Brasil. Em 2024, a taxa brasileira chegou a 20,9%, queda de 0,8 ponto percentual se comparada ao ano anterior. O resultado é o segundo melhor da série histórica iniciada em 1981. São considerados pobres pelo estudo os indivíduos que vivem com menos de US$ 6,85 por dia.

Em 2025, o Banco Mundial espera nova redução da pobreza no país, de 0,2 ponto percentual, baixando a taxa para 20,7% e mantendo a tendência de queda desejada pelo governo Lula.

“Com espaço fiscal limitado, melhorias mais amplas dependerão cada vez mais do desempenho do mercado de trabalho. Portanto, é crucial aumentar a inclusão econômica dos pobres com uma ênfase renovada em empregos, priorizando o o dos pobres a empregos de qualidade”, pondera a instituição.

Por meio das redes sociais, o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Humberto Costa, comemorou os índices apresentados pelo Banco Mundial. “Dados mostram que o Brasil segue no caminho certo com Lula!”, publicou o senador.

“A pobreza no Brasil caiu pelo terceiro ano seguido, diz levantamento do Banco Mundial. É o segundo melhor resultado da série histórica. Salário mínimo com ganho real de 2% ajudou a reduzir a pobreza”, defendeu Humberto.

Deputados de oposição protocolaram, nesta quarta-feira (30), o requerimento de criação da comissão parlamentar de inquérito (I) para investigar os sindicatos envolvidos na fraude do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com desvio de R$ 6,3 bilhões por meio de descontos não autorizados dos beneficiários, entre 2019 e 2024.

O caso é investigado pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) como crimes de corrupção (ativa e iva), violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de dinheiro, envolvendo 11 entidades e associações.