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A eleição de Leão XIV como resposta à geopolítica 272r43
Publicado em 15 de maio de 2025 Por Jornal Do Dia Se 3d5h52
* Rômulo Rodrigues
Pode achar ruim quem quiser por ser um direito sagrado e sacramentado, embora não canônico, mas a verdade, na minha singela opinião, é que a santa madre igreja não poderia por na berlinda o legado do Papa Francisco.
Interessante é que os analistas midiáticos erraram a maioria dos prognósticos nos mesmos índices percentuais que erraram os pagos pelo mercado, propositadamente, sobre os desempenhos da nossa economia que chegaram a 95%, nos últimos 2 anos; aqueles para criar pânico nas mentes dos descerebrados, esses por terem excessos de empáfia e jamais aceitarem que cardeais da igreja católica têm notório saber sobre a geopolítica mundial.
E por terem e saberem, quem sabe, desde o início do conclave ou até antes, já tivessem acordado, mentalmente, que tinham que escolher pela conjuntura de agora e das próximas duas décadas um nome cuja persona o credencie a dizer: Stop! Para aquele que representa continuidade na ameaça à paz mundial e, só tinha um; o estadunidense naturalizado peruano cardeal Robert Francis Prevost, agora Papa Leão XIV.
Como bem cantou Zé Kety no seu icônico samba Opinião, digo: Podem me prender, podem me bater; podem até deixar-me sem comer, que eu não mudo de opinião; daqui de onde estou eu não saio não!
Reando o que foi explicitado no enredo do filme “Dois Papas” dá para entender que um homem sábio que tem sob seu governo 20% da população mundial não pode encarar tal realidade apenas e tão somente se ajoelhando, pondo as mãos postas e a cabeça baixa enquanto genocídios são cometidos por aqueles que se acham maior que Deus.
Na luta entre conservadorismo e progressismo dos dois, surgiu o Papa Francisco e, para o bom entendedor, o caminho político que a igreja deveria seguir, para se salvar!
E a escolha do cardeal Prevost, estadunidense naturalizado peruano, com larga experiência e visão de como os EUA implantou uma ditadura corrupta e sanguinária sob o comando de Albert Fujimori, no Peru, com certeza, lhe deixou marcas profundas.
Também deve ter sido observado pelos melhores quadros políticos do cardinalato que quando o presidente Joe Biden convocou o G-7 e impôs que a OTAN provocasse uma guerra ente Ucrânia e Rússia para enfraquecer a China e a Rússia, a primeira vítima foi a verdade e a segunda, em massa, uma quantidade enorme de inocentes civis homens, mulheres e crianças indistintamente.
O sagrado colégio católico, de certo, levou ao primeiro plano das análises o que o governo não cristão de Israel vem praticando na Palestina; onde historiadores registram que nasceu Jesus; um genocídio.
Seria e é, uma insensatez dizer que eleger um Papa estadunidense está na mesma linha da OTAN de instalar uma Base Militar na Ucrânia a 3 minutos de atingir Moscou com seus mísseis; mas, do ponto de vista de provocar um alerta; pode ter o seu valor.
Os homens de fé inabaláveis que calçam as sandálias do pescador sabem e, com certeza, levaram muito em consideração que a principal ameaça nos dias de hoje e que precisa ser enfrentada por eles e por sua Igreja é a perigosa Teologia do Domínio, nascida nos EUA, que se mostra muito vicejante onde encontra solo fértil.
A grande contradição do mundo atual é a luta entre opostos; de um lado os cristãos que sabem que só a paz salva o planeta terra e, por conseguinte salvará a humanidade e do outro lado os que querem guerras sem fronteiras, para manter a economia funcionando.
Para não dizer que não se fala de flores, dados reais e incontestáveis revelam que da década final do século ado para cá os EUA gastaram US$ 6 trilhões em guerras, invasões de países e derrubadas de governos eleitos por votos livres que não aceitavam lhes entregar suas riquezas como Petróleo, Ouro, Lítio e outros minérios preciosos.
Do surgimento de um novo bloco econômico e político no Brasil em 2014, chamado BRIC e posteriormente BRICS, o gigantismo do império do Tio Sam vem desmoronando e, como é da sua tática central responde sempre com guerras e mais guerras.
Ao alçarem ao topo da Igreja Católica o quase desconhecido cardeal Robert Francis Prevost e este escolher o nome de Leão XIV fizeram a humanidade renovar suas esperanças de que a paz vencerá a Guerra.
Que a mídia patronal sempre disposta a criar estereótipos baixe o facho; nem o Papa Leão XIV vai enlouquecer ante o grande desfio e não existe a hipótese de ser traído por seus cardeais. Ele não é o Rei Lear.
* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político