STF concede prisão domiciliar a médica acusada pela morte do marido 4v3gw

A médica Daniele Barreto, acusada de envolvimento na morte do marido, o advogado José Lael Rodrigues Júnior, de 42 anos, em outubro de 2024, permanece por tempo indeterminado em prisão domiciliar após sua assessoria jurídica ter conquistado decisão favorável obtida junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Assinada pelo advogado Claudio Dalledone Júnior, o pedido foi fundamentado em vídeos, documentos e uma carta escrita por Daniele, que relatariam histórico de violência doméstica – física, psicológica e sexual – supostamente praticada por Lael. Por volta das 9h a réu deixou a unidade penitenciária.

Presa no dia 13 de novembro, ainda no último trimestre de 2024 a defesa buscou o Poder Judiciário com a finalidade de conquistar o direito em responder pelo processo em domicílio. Rejeitado no primeiro momento, este pleito foi deferido pelo STF, após aval concedido pelo ministro Gilmar Mendes. Minutos após deixar a unidade prisional, Daniele foi encaminhada por agentes da Polícia Civil e Penal até a sede da Central de Monitoramento Eletrônico de Presos (Cemep), onde recebeu uma tornozeleira eletrônica para cumprir a nova medida. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça, o recebimento da conversão ocorreu na noite da quarta-feira (14).

Por definição istrativa local, como o procedimento de instalação de tornozeleiras eletrônicas acontece de segunda à sexta até às 17h, a liberação de Daniele Barreto aconteceu somente na manhã de ontem. José Lael foi assassinado a tiros no dia 18 de outubro de 2024, na Avenida Jorge Amado, Bairro Jardins, Zona Sul de Aracaju, quando dois homens desceram de uma motocicleta e dispararam contra o carro em que estava junto com o filho. Ambos foram baleados e socorridos, mas o advogado não resistiu. Imagens de câmeras de segurança pertencentes à estabelecimentos comerciais e imóveis residenciais registraram a ação criminosa.

Conforme destacado pelo JORNAL DO DIA no último dia 10 de janeiro, a Superintendência da Polícia Civil, por intermédio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), concluiu o inquérito policial e indiciou sete pessoas pelo assassinato de José Lael Rodrigues. Todos os investigados foram transferidos para unidades prisionais e seguem respondendo pelo crime.