Alerta contra a Teologia da Dominação 27333

* Rômulo Rodrigues

Com o fim da 1ª guerra mundial em 1914 o mundo teve que enfrentar um grande período de instabilidade econômica, social e política e na Alemanha as forças políticas negligenciaram ante a ascensão de um indivíduo considerado inexpressivo, Adolf Hitler e seu Partido Nazista e pagaram muito caro com a morte de mais de 6 milhões de homens, mulheres e crianças inocentes, entre as quais simpatizantes dele.
Com a derrocada do nazismo na 2ª guerra mundial e, a morte de Hitler e muitos do seu estado maior, muitos pensaram que o tumor maligno que habitara o corpo da humanidade tinha sido extirpado. Ledo engano, as metástases estão por aí, espalhadas pelo mundo, inclusive no Brasil.
Aquela gente que quis fincar pé na nossa pátria amada mãe gentil através do Partido Integralista e de sua facção militar chamada de boinas verdes, fez de conta que batia em retirada no início dos anos 50 do século ado, se fazendo de morto e, de repente; em 2016 surge um descendente de um dos antigos chefões, Miguel Reali Júnior, que se junta a um antigo petista magoado, por interesses contrariados e uma tresloucada professora da famosa Faculdade São Francisco para elaborar uma tese de impeachment contra uma presidenta da República que não cometera crime algum e aí, instalam o caos no país.
O resultado trágico é o que está retratado na figura de uma persona saída do fundo do poço e transformado em mito para uma multidão de descerebrados, com a história se repetindo por assim dizer, duas vezes; a primeira como a tragédia personificada por Adolf Hitler e a segunda, ainda vigente, com a farsa de Jair Bolsonaro.
Os meios de comunicação historicamente escamoteiam temas que indicam ameaças graves contra a maioria da população, desde que tal comportamento proteja os lucros dos especuladores da agiotagem financeira, donos da maioria dos veículos que deveriam produzir notícias com isenção.
Um exemplo bem atual que revela a facciosidade sobre o esquema de assalto aos ganhos de aposentados e pensionistas do INSS, que vem desde 2019 e são dados destaques aos períodos em que foram detectados e investigados por órgãos do governo nos anos 2023 e 2024, com todos os comentários dos analistas, pagos pelo mercado, induzindo aquiescência do atual governo e induzindo a população assaltada de que Frei Chico, irmão do presidente Lula tem culpa nos roubos.
O propósito de desgastar o atual governo enquanto buscam meios de construir a imagem do governador de São Paulo para ser alternativa em 2026 é tamanho que chegaram a ignorar uma grande ameaça exemplificada da exaltação simbólica da supremacista Klu Klux Klan numa cerimônia feita pela PM paulista, justo a que mata mais pessoas negras no Brasil.
Retrocessos importados dos Estados Unidos da América não são raros e o maior exemplo na política se comprova com a onda macarthista do ódio contra o Partido dos Trabalhadores em estágio perigoso de permissividade para práticas de extermínios de quem não professar suas vertentes de fanatismo religioso.
Por isso o alerta contra a intensificação da perigosa teologia da dominação que também é vinda do território estadunidense como sendo liberdade de expressão religiosa mas não a da tentativa perigosa de substituir todos os poderes inerentes à sociedade civil por uma onda de fanatismo exercendo a desejada dominação.
Como tais coisas não surgem por acasos, os que estão por trás dos atentados sabem que têm que ter paciência na implantação lenta e gradual para obtenção do intento final.
Todos devem lembrar a aparição estapafúrdia da cantora Baby do Brasil num dos circuitos do carnaval de Salvador querendo impor com sua prática a teologia e sendo contida energicamente por Ivete Sangalo ao silenciar seu alarido como oportuno Macetando.
ado um ano, eis que voltam com Cláudia Leite, de forma mais sutil apenas substituindo um verso de uma de suas canções carnavalescas e sendo de pronto, rechaçada pela massa.
Nos últimos dias jogaram nos espaços públicos, nos templos religiosos e nos meios de comunicação contaminados, um jovem de 15 anos de idade, de nome Miguel Oliveira, como profeta mirim que curava pessoas das mais diversas doenças.
Ainda bem que a sociedade civil organizada tem ferramentas eficazes como código de defesa do jovem e adolescente, ministério público atuante e conselhos de defesa da nossa criançada e os tiros dos que se acham sabidos além da conta saíram pelas culatras.

* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político